Tuesday, February 17, 2009



Havia um país... sua população estava sempre no limite. Mesmo assim todos tinham sempre aquela sensação de ausência, e um confuso misto de saudade e alívio, assim que saíam de suas fronteiras. Era uma nação violentada pelas influências do passado e pelos imigrantes sem raízes que chegavam a todo momento. Assim, seu povo sofria de uma espécie de crise de identidade que era um mal coletivo e, ao mesmo tempo, extremamente individual, fazendo com que todos olhassem com desconfiança a formação de ideologias de seus conterrâneos.
Havia violência e pobreza, e corrupção entres seus governantes, que afinal não sabiam mais como manter a ordem, e então se agarravam a anos de história que a juventude cada vez mais desprezava.
Vivi pouco tempo nele, mas o suficiente para saber que não quero voltar a nenhum lugar daquele continente, tomado pelo tédio, pela melancolia, pelo ódio e pela corrupção... talvez apenas observá-lo de longe, e saborear sua nostalgia, algumas boas lembranças e esta confissão.

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